Cada vez mais, países e empresas repensam seus papéis em sociedade. Afinal, em meio a um amplo debate mundial sobre sustentabilidade, governos e corporações privadas são cobrados a tomar posicionamentos. Com isso, surgem novas ações para tornar a ideia mais concreta e benéfica para o ambiente e a sociedade. Uma delas é o conceito de cidade inteligente. Mas você sabe o que é smart city?
No post a seguir, veja a definição dessa cidade do futuro e quais exemplos já temos hoje em dia. Além disso, confira o que fazer para tornar a sua uma smart city. Boa leitura!
Afinal, o que é smart city?
Para saber o que é smart city, é necessário voltar aos anos 1990. Afinal, foi nessa época que o termo surgiu para unir dois outros conceitos importantes: o desenvolvimento urbano e a tecnologia, que naquele tempo ganhava cada vez mais espaço com a popularização da internet.
De lá para cá, o conceito tomou forma e se expandiu, passando a designar ações que visam a melhoria de todas as esferas da cidade. Por exemplo, o uso de TICs – tecnologias de informação e comunicação – no contexto urbano, a fim de promover uma melhor gestão governamental, visando alcançar o amplo desenvolvimento local, tanto econômica quanto política e socialmente, para que haja melhor qualidade de vida.
Ou seja, em uma smart city toda a tecnologia apoia ações que tornam a vida das pessoas melhor, além de criar um ambiente urbano mais sustentável, com o adequado uso de recursos naturais e econômicos.
Por exemplo, em uma smart city, você terá câmeras inteligentes que contribuem com a segurança, mas também ações básicas, como gestões digitais, que além de poupar papéis, também favorece um serviço mais rápido e transparente à população.
Quais cidades são consideradas smart cities?
Agora que você sabe o que é smart city, talvez tenha relacionado o conceito a robôs e inteligência artificial. Embora isso não esteja distante e seja usado em muitos lugares, estamos falando de ações inclusive simples.
Aliás, hoje já existem localidades que total ou parcialmente se enquadram nos padrões de cidades inteligentes. A seguir, confira alguns exemplos!
Cingapura
Conhecida pela alta tecnologia e pelo crescimento econômico rápido entre as décadas de 1960 e 1990, Cingapura figura entre os tigres asiáticos e, nos últimos tempos, transformou-se em uma smart city.
Suas ações smart se estendem desde a gestão governamental até a infraestrutura da cidade, contando com transportes elétricos e aplicação de energia renovável.
Rio de Janeiro e Campinas
As duas cidades brasileiras já são conhecidas por adotar algumas ações próprias de smart cities, especialmente no quesito de vigilância digital, com câmeras transmitindo em tempo real, que garantem maior segurança e precisão no monitoramento da cidade.
Além disso, os esforços para adotar energias renováveis em toda a iluminação pública ou na maior parte dela, tornam os dois municípios referências para outros lugares do Brasil.
Lusail
Dentre as várias smart cities pelo mundo, uma das que mais chamam a atenção é Lusail. Isso porque, sendo construída entre o mar e o deserto do Qatar, seu ambicioso projeto já a torna uma cidade inteligente, mesmo antes de seu término.
Localizada em um dos países de destaque do Oriente Médio, dado a seu rápido crescimento e riqueza, Lusail abrigará cerca de 250 mil habitantes e toda a sua construção é pautada em um projeto sustentável, tornando-a pioneira entre as cidades do futuro.
Como adotar o conceito de smart city?
Segundo Giffinger et al (2007), uma cidade inteligente é classificada de acordo com as seguintes dimensões:
• economia;
• capital humano;
• governança;
• mobilidade;
• meio ambiente;
• estilo de vida.
Sendo assim, os seis conceitos podem ser aplicados em diferentes ações para se alcançar um panorama inteligente em todos os aspectos da gestão de uma cidade. Confira algumas a seguir!
Promover a sustentabilidade
Promover ações sustentáveis em uma cidade envolve muitos aspectos simples da própria administração. Por exemplo, é importante cuidar de áreas de preservação natural, incentivar o turismo responsável, bem como a correta destinação de lixo.
Mas além disso, também é possível atuar:
• adotando uso de energia renovável;
• incentivando a reciclagem de materiais;
• eliminando desperdícios e vazamentos que comprometam fontes de água;
• usando luzes de LED e sensores para uma iluminação pública mais eficiente.
Favorecer a cultura e a educação
Incentivar as pessoas a serem mais engajadas em atividades culturais e oferecer educação de qualidade, inclusive baseada em TICs, também é uma forma de promover o desenvolvimento humano, a vida em comunidade e os valores sociais, podendo tornar a sociedade melhor.
Garantir a participação social
Outra forma de favorecer uma sociedade mais justa e atender aos princípios de governança é incentivando a participação social no governo. Além disso, o acesso facilitado às informações, bem como a transparência, são princípios básicos para que cada cidadão seja atendido de forma correta pelo governo, bem como entenda e participe das decisões em prol de benefícios para a comunidade local.
Incentivar o empreendedorismo e as parcerias econômicas
Uma smart city é aquela que promove uma economia sustentável. Ou seja, otimizar os processos para que possa haver o máximo de ganhos com o mínimo de uso de recursos; além de eliminar a exploração e desvalorização do trabalho, bem como incentivar a independência financeira e crescimento da cidade.
Para isso, investir em parcerias com empresas privadas e governos públicos, bem como apoiar o empreendedorismo dos cidadãos é uma boa forma de tornar a cidade mais capacitada profissionalmente e economicamente.
Usar TICs para solucionar necessidades
Em uma cidade inteligente, as TICs estão em todo lugar. Nesse sentido, você pode adotá-las como suporte para cumprir as seis dimensões necessárias. Por exemplo:
• usar tecnologia nas escolas para auxiliar no processo de ensino e administração;
• entregar wi-fi público e de qualidade;
• digitalizar processos para otimizar o trabalho das pessoas;
• criar sistemas funcionais para que os cidadãos acessem seus dados e realizem serviços;
• usar as TICs na segurança pública e em gestões mais eficientes;
• favorecer um controle do tráfego preciso e atualizado.
A forma como vivemos e administramos nossas cidades tem se transformado com o passar dos anos. Agora, o mundo exige gestões mais conscientes e governos que atendam não só necessidades econômicas, mas também ambientais e sociais. Nesse sentido, saber o que é smart city se torna importante, pois muitos de seus pilares, especialmente o uso de TICs, podem ser aplicados em cidades para transformar o ambiente urbano, garantindo mais desenvolvimento e qualidade de vida para seus habitantes.
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